E, aqui dentro, o silêncio…E este espanto! e este medo!
(Olavo Bilac, In extremis)
Poema II
Caminho leve
respiro mais leve ainda
Toco as pedras antigas
o musgo molhado
as rosas de inverno
Sinto a chuva miúda
quase névoa, quase pranto,
correr as flores do limoeiro
Não há ruído, não há silêncio
e lá dentro, no pensamento,
só este espanto
só este medo.
Ana de Santa Cruz, Texturas, II
Eu achava que tinha descontextualizado alguns planos… contudo o meu pai não teve dificuldade nenhuma em dizer onde tirei uma das fotografias mais difíceis de identificar. O meu pai gosta imenso de fotografia. E nós gostamos dele e de fotografia.
Lembrou-me o Outono nas Caldas da Felgueira. Saudades, nostalgia. Lindo o poema e as fotos, um contexto só. Uma gota de orvalho Sara.
Continua, Sara, sempre, esta tua estrada de prata, maravilhosa!