Il est très rare qu’un homme puisse, comment dire? Accepter sa condition d’homme.
André Malraux, La condition humaine (1933)
Falar da condição humana, falar do desconhecido e do que está para lá do entendimento, sempre foram condições favoráveis à utilização da alegoria, entendendo esta como um procedimento que permite ou exige que um enunciado tenha uma segunda leitura. A escolha do título desta conferência chama pelo romance de André Malraux, La Condition Humaine (1933), não por coincidência de pontos de vista, mas pela coincidência do objecto e sobretudo pelo facto de que quem lê este grande romance não pode “deixar de sentir lá uma nostalgia da grandeza e da dignidade humanas, como se estas fossem algo que tivesse perdido e que em face do destino cada homem pode encontrar”, como disse Jorge de Sena. Serão percursos diferentes, mas a reflexão sobre a condição do homem, a condição humana, foi e continua a ser matéria central da alegoria.
Amanhã, na Biblioteca Municipal de Coimbra, pelas 18h.
Para pensar, certamente. 🙂