Todos os teus gestos são aves.
Bernardo Soares, Livro do Desassossego.
Não creio que alguma vez ele tenha pensado que valia a pena. Mas eu pensei e só isso me interessa e, na verdade, só isso é importante.
Ana de Santa Cruz.
A minha varanda é uma armadilha. As vidraças são amplas e as aves não distinguem o vidro. Esta bateu com força, foi projetada para trás, segurou-se no ferro forjado e deixou-se cair na pedra, desamparada. Pareceu-me que morria e deixei-o estar. Não morreu e voou quando me aproximei.
Tenho histórias com pássaros. Um dia talvez as conte.
Esperarei poisada nesta outra varanda.
Lá irei! Abraço 🙂