Shall I die?

***

Matei-me ao fim da tarde.

Hoje, quando acordei da morte, a madrugada fria e húmida, senti uma leveza e uma falta de chão que me fez arrepender um tantinho daquele desespero suicida. Estou em crer, contudo, que não foi um ímpeto, que pensava no assunto há já algum tempo. A concretização foi impetuosa, isso foi.

Mas pareceu-me, ontem, no fim da tarde, que seria a única forma de dares conta de mim por toda a tua vida.

© Sara Augusto

Untitled-1

 

15 opiniões sobre “Shall I die?

  1. Sara… Adoro-te… és linda… és uma pessoa rara, tens um futuro brilhante à tua espera… as tuas fotos … estas, estão fantásticas, apesar do tema ser triste.
    Se tu morresses… uma parte de mim morreria contigo.

  2. Morremos um bocadinho com cada perda, Sofia. Mas depois temos a imaginação que nos faz escrever e reinventar cada dia.
    Estas fotografias: o tríptico tem uma história. Foi uma fotografia feita para ter este efeito e deixou-me orgulhosa. Mas acho que poucos vão reparar nela.
    Também gosto muito de ti. Abraço.

  3. José, mas tu és atento. Vou mudar a capa do facebook para veres como devia supostamente ser a fotografia. Não foi manipulada, só colocada a preto e branco e cortada.

    E como poderias não sentir? Abraço.

  4. Sou novata por aqui,mas não pelas andanças do mundo.Fui seduzida pela poesia das suas fotos,primeiro, logo seguida pelas imagens evocadas pelas suas palavras. Aprecio profundamente a aparente espontaneidade e facilidade das primeiras,que me dá a ilusão de que a realidade é mesmo assim: simplesmente bela. Bem-haja.

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