
Disseram-te: minha filha, tu és isto e aquilo.
E eu digo-te: tu és como és, Sara.
Disseram-te: as coisas são o que são. Querer que elas sejam outra coisa é tolice e pecado, presunção, sonho infantil, revolta.
E eu digo-te: transforma o mundo, Sara.
Disseram-te: faz bem o que tens a fazer, respeita a lei, ocupa o lugar que te é devido.
E eu digo-te: parte, Sara.
Disseram-te: minha filha, vela pela tua saúde, procura ser normal e sã e comportar-te sempre como deve ser.
E eu digo-te: muda a tua fraqueza para força e sê livre, Sara, minha irmã.
Maurice Bellet, “Les survivants”, 1974
©Sara Augusto 2015 Mourilhe
Eu digo-te, Sara…. deixa o que os outros dizem, deixa-te de preconceitos, deixa-te de te deixares levar… pelo caminho normal que parece estar pre-definido na nossa sociedade. Parte, Sara … Parte em prol da tua felicidade! Faz o que te faz feliz….mesmo que para tal tenhas que fazer asneiras, gritar, cantar, correr! Agarra a vida de modo a que te consigas realizar e completar em cada acto, em cada momento. Mas em tudo …. Sê TU ! És muito valiosa !!!
Isabel, sermos nós mesmas é, por vezes, o papel mais difícil. Obrigada, abraço-te.
Uma das fotografia de que mais gosto e já tinha visto! E esse texto é “incomentável”… Vai, Sara, vai…Conquista o mundo…
O que fazes é emocionante, Sara. É para isso que deve servir a arte, acho eu… Foi isso que me chamou ao teu blog.
Helena, partir é uma face de dois gumes.