Esta é, discreto peregrino, a relação da minha história, em que fui dilatado, para vos mostrar a variedade, que o mundo faz com suas mudanças, o pouco prémio, que interessa, quem o segue, o como no melhor falta, como só o buscar a Deus é caminho seguro, estrada prateada sem perigos, vida, em que só se vive, paz das almas, descanso do coração, alívio das tristezas, consolação das aflições; porque a maior gentileza dos cavaleiros no correr, consiste em saber airosamente parar.
Padre Mateus Ribeiro, Alívio de Tristes, 1688, Parte II, 238.
Mudamos. Mudamos porque precisamos de reagir. Mudamos porque precisamos de saber que somos capazes. Mudamos porque o mundo nunca parou de mudar e vai mil vidas à nossa frente. Mas não corro… Em cada dia demoro-me nas horas, não quero que passem e tomara encontrar o relógio do mundo e fazê-lo parar.
Primeira fotografia de hoje. Dia de chuva e nevoeiro a pôr-me à prova. Passei no teste. As horas passaram mais devagar do que eu.
Grande foto. Maravilhosa descrição do mundo que (te) nos rodeia. Bjs.
Obrigada, João. Abraço. 🙂
Já pesava o vazio deixado pela ausência dos seus belíssimos textos (verbais e não verbais). Welcome back to the road!
Há tempos assim, mais demorados… obrigada!
De prata não acho, toma uma de ouro, Sara:
Que seja de ouro, querido Alexandre. 🙂
🙂