Histórias de imigração

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A acreditar-se nos historiadores ibéricos, sejam espanhóis, sejam portugueses, a descoberta das Américas pelos Turcos, que não são turcos coisíssima nenhuma, são árabes de boa cepa, deu-se com grande atraso, em época relativamente recente, no século passado, não antes. (…) Os primeiros a chegar do Oriente Médio traziam papéis do Império Otomano, motivo por que até nos dias actuais são rotulados de turcos, a boa nação turca, uma das muitas que amalgamadas compuseram e compõem a nação brasileira.

Jorge Amado, A descoberta da América pelos Turcos, Europa-América, 1994, 21 e 26.

Foi com esta epígrafe, citação da deliciosa pequena narrativa de Jorge Amado, que dei início ao artigo publicado na revista Reflexos, da Universidade de Toulouse, com coordenação de Marc Gruas: “A chave de casa: histórias de imigração na ficção de Tatiana Salem Levy”.

Um dos temas abordados no romance A chave de casa, de Tatiana Salem Levy, publicado em 2007, tem a ver com a imigração, matéria que, juntamente com o tema do exílio político e da fragilidade do sujeito no seu momento histórico, ganha contornos bem determinados na primeira obra ficcional da autora. Este trabalho pretende mostrar como a memória e os afectos actualizam o tema da imigração na estrutura fragmentada do romance e na figuração in progress da protagonista, através da escrita e da viagem como formas efectivas de reconstrução interior.

O artigo pode ser consultado aqui e aqui.

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