Escritoras representativas da literatura brasileira no início do século XXI.

Realização:
CLEPUL, Mestrado em Estudos Brasileiros (FLUL-ICS) e Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Apoio: Embaixada do Brasil
7 março
Quinta-feira, Faculdade de Letras, sala 2.13, 17-20h.
Sara Augusto, A chave e os rios: alegoria nos romances de Tatiana Salem Levy.
Não sou eu que digo que o texto é uma alegoria. É o título que o indicia, centrando e fazendo partir todos os sentidos de um objeto que, ao longo do romance, perdeu e ganhou sentido. Tornou-se inútil, não havendo funcionalidade para ele, não havendo casa, nem porta, para abrir. Esgotou-se o sentido literal. Mas ganhou noutras projeções, e tornou-se «chave de ouro», fechando universos como o último verso dos sonetos.
Do estado de musgo ao estado luminoso; do peso de uma herança de dor à leveza quotidiana, de um quarto húmido e fechado a Istambul, Esmirna e Lisboa; da expiação da culpa ao reencontro consigo mesma; da morte e da violência à memória leve dos que foram amor na nossa história, do silêncio às palavras.